IMAGENS DE UM COTIDIANO
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Caminho se conhece andando
Guaxupé
Minas Gerais, Brasil
Maria Carolina Arruda Branco
Mestranda em Antropologia Sociocultural - UFGD/MS
Como nos lembra Chico César, "Caminho se conhece andando, então vez em quando, é bom se perder. Perdido fica perguntando, vai só procurando e acha sem saber". Em meu andar-perder-saber pelas vias sul mineiras, cheguei ao Caminho das Abelhas, significado do nome Guaxupé, cidade a qual este ensaio captura momentos. Assim como a importância das abelhas em seu papel de polinizar, dando amplitude às possibilidades de existir para além de si, é no caminhar diário que teço minhas existências e possibilidades de encontrar com aquilo que sou. Ao longo do meu caminhar por Guaxupé, se fez presente as multiplicidades dos pensares, estes locais registrados como parte do meu cotidiano, a dois meses atrás eram completamente desconhecidos, não familiares e até inexistentes; ao acessar-lhes, na construção de ser e estar, me perdi e me encontrei. Hoje sei que ainda familiarizando os trajetos e objetos, todos os dias é possível a experiência do novo, de novos encontros, de observar no rotineiro a comunicação com aquilo que está fora e por vezes perto-longe. As imagens capturadas por mim ocorreram no trânsito diário de ir ao trabalho e retornar à casa, de caminhar para me alimentar e observar as nuances do encontro entre a fauna, a flora e os sujeitos humanos e mais que humanos. Este exercício de observação e registro do meu cotidiano pretende provocar aquele que com ele entrar em contato, a refletir sobre os encontros e as agências presentes nos nossos caminhares, a intencionalidade dos encontros e das trocas possíveis de ocorrerem. Lhes convido ao sobrevoo no Caminho das Abelhas.